quarta-feira, 6 de abril de 2011

Três em dez adultos acima dos 20 anos têm asma

    O pneumologista e professor da Faculdade de Medicina da USP Rafael Stelmach participou do programa Bem Estar da rede Globo e tirou dúvidas que chegaram pela internet sobre falta de ar. Segundo ele, o problema em geral é considerado mais grave que a falta de fôlego, mas nos exames clínicos esses termos se equivalem.
    Para saber se esse sintoma tem cura, é preciso conhecer suas causas, já que é apenas um indício de que algo não está bem. Na opinião do especialista, qualquer médico está apto a reconhecer esses sinais: um clínico geral, médico de posto ou do Programa Saúde da Família, por exemplo.
    De acordo com Stelmach, o cigarro é altamente prejudicial para a capacidade pulmonar. Isso porque a fumaça faz com que substâncias tóxicas entrem rapidamente no sangue.  Em uma analogia, é como colocar a boca em um cano de escape de um carro e inalar o que sai.
    Voltar a ter uma boa capacidade respiratória após parar de fumar depende do quanto alguém fumou e se já há alguma doença crônica, disse Stelmach. Do contrário, se a pessoa foi viciada por pouco tempo e não tem predisposição a enfermidades, pode recuperar a capacidade em 4 ou 5 anos.
    Assim como a ansiedade, depressão pode causar falta de fôlego, que pode ser confundida, na verdade, com o pouco ânimo para fazer as atividades rotineiras, esclareceu o especialista.
    Stelmach afirmou, ainda, que evidências clínicas e testes em laboratórios apontam que a concentração de poluentes em grandes cidades, como São Paulo, equivale a fumar três cigarros por dia e pode desencadear problemas pulmonares sérios – como bronquite, asma ou enfisema – dentro de 40 ou 50 anos. Na hora de se exercitar, ele recomendou fugir de áreas muito poluídas.
    Na sequência, o pneumologista explicou por que ocorre falta de ar na gravidez – pela pressão do útero sobre os outros órgãos e também sobre o diafragma, o que muda a forma de respiração na mulher. Além disso, há um aumento da circulação de sangue no corpo da gestante, o que pode provocar uma retenção de líquido nos pulmões. Stelmach também alertou que essas futuras mães não podem interromper o tratamento contra asma, ao contrário do que indicam alguns profissionais.
    A natação não substitui o diagnóstico nem o tratamento da falta de ar, destacou o médico. Ele esclareceu, ainda, que a apneia do sono – pausa respiratória durante a noite – pode causar falta de ar, hipertensão e distúrbios de funcionamento do pulmão.
    Para casos de asma, Stelmach disse que a bombinha é muitas vezes mais eficiente que a inalação, pois a primeira leva 5 segundos e é mais portátil, enquanto a segunda dura cerca de 20 minutos. O dispositivo só faz mal para quem tem problemas de coração.
    Por fim, o médico detalhou e diferenciou rinite e asma – 80% dos asmáticos têm rinite e 30% dos riníticos têm asma. Segundo ele, de 3 a 4 em 10 crianças na faixa etária abaixo dos 10 anos sofrem de asma no mundo, contra 2 a 3 adultos acima dos 20 anos. Entre os sintomas da doença estão chiado, falta de ar e tosse seca. O tratamento deve ser regular, porque o problema é crônico. Stelmach concluiu fazendo um alerta sobre a doença pulmonar obstrutiva crônica  (DPOC).
   Essa bogueira que vos falar, foi uma que descobriu a asma após os 20 anos, por isso achei importante passar essa entrevista adiante.
Anna Patrícia de Oliveira Freire Barros

Fonte: globo.com

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